
Segundo dados divulgados pela Central Internacional de
Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), os
preços do milho seguem estáveis no Brasil, com a média gaúcha fechando a
semana em R$ 67,00/saca, representando um aumento nominal de 12,9% em
comparação ao mesmo período do ano passado, quando o preço era de R$
59,35/saca. Esse incremento supera a inflação anual de 4,87%, gerando um
ganho real aos produtores gaúchos, diferente do que ocorre com a soja.
Nas
principais praças do Rio Grande do Sul, os valores atuais giram em
torno de R$ 65,00/saca, contra R$ 59,00 no ano anterior. Em outras
regiões do país, as cotações oscilam entre R$ 58,00 e R$ 69,00/saca,
embora muitas praças não tenham registrado preços nesta semana. No mesmo
período de 2023, os valores variavam entre R$ 40,00 e R$ 66,00/saca.
A
produção nacional de milho estimada para a safra 2024/25 apresenta
divergências entre as projeções do setor público e privado. Enquanto a
Conab estima uma produção de pouco mais de 119 milhões de toneladas, o
setor privado, representado pela Pátria AgroNegócios, projeta 129,3
milhões de toneladas.
Segundo o relatório com base nos dados da
Secex, nos primeiros 10 dias úteis de dezembro, o Brasil exportou 2,4
milhões de toneladas de milho, com a média diária 21,8% menor que a
registrada no mesmo mês do ano anterior. Em dezembro de 2023, o país
exportou um total de 6,1 milhões de toneladas.
A projeção para as
exportações totais do cereal no atual ano comercial está entre 35 e 37
milhões de toneladas, uma redução significativa em relação às 55 milhões
de toneladas exportadas no ciclo anterior, destaca o relatório da
CEEMA.
Enquanto a ferrugem asiática preocupa os sojicultores, a
cigarrinha do milho é a principal ameaça para os produtores do grão. Em
Santa Catarina, a infestação do inseto segue constante, com o manejo
dificultado pelo estágio reprodutivo das lavouras e pela altura das
plantas, conforme divulgado pela Epagri-SC.