Glauber Braga afirma ser alvo de “tortura institucional” e responsabiliza Arthur Lira Deputado do Psol responde a processo de cassação por quebra de decoro parlamentar Por Redação com agências 04/04/2025 14h02 - Atualizado em 04/04/2025 16h04

                                                   Arthur Lira e Glauber Braga - Foto: Reprodução


 O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) afirmou ser alvo de perseguição política ao comentar o processo que pode resultar em sua cassação na Câmara dos Deputados. Em entrevista concedida nesta quinta-feira (3) ao programa Segunda Chamada, do canal MyNews, Braga classificou a representação como uma forma de “tortura institucional” e atribuiu sua origem a uma suposta articulação do ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), a quem chamou de “inimigo”.

A representação foi apresentada pelo partido Novo, após um episódio de agressão física entre o deputado e um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), ocorrido em abril de 2024. O caso está sob análise do Conselho de Ética e teve o parecer lido nesta quarta-feira (2) pelo relator Paulo Magalhães (PSD-BA), que recomendou a cassação do mandato. A votação foi adiada por um pedido de vista do deputado Chico Alencar (Psol-RJ) e deve ser retomada na próxima semana.

Segundo o relator, Braga teria “extrapolado os direitos inerentes ao mandato” e abusado de suas prerrogativas parlamentares. O deputado, por sua vez, criticou o parecer e afirmou que o voto pela cassação foi “contratado” previamente por meio de acordo político com Arthur Lira.

Braga associou o processo ao seu histórico de críticas à condução da Câmara sob o comando de Lira e à destinação de recursos do chamado “orçamento secreto”. Ele também mencionou embates públicos relacionados à sua oposição a práticas consideradas irregulares na liberação de emendas parlamentares.

Sobre o episódio que originou o processo, o deputado disse ter reagido a provocações que envolveram ofensas direcionadas à sua mãe, Saudade Braga, ex-prefeita de Nova Friburgo (RJ), que estava em estado grave de saúde na época e faleceu no mês seguinte. Braga afirmou que o militante do MBL já havia protagonizado outros episódios de provocação.

O caso continua em tramitação no Conselho de Ética da Câmara.

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