Com a chegada do período chuvoso e das festas juninas, cresce a
preocupação com os agravantes da asma, uma doença inflamatória crônica
das vias aéreas. De acordo com o pneumologista Luiz Cláudio Bastos, do
Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, pacientes asmáticos devem
redobrar os cuidados para evitar crises, principalmente evitando a
exposição à fumaça, à poeira, ao mofo e a outros agentes alérgicos
comuns nessa época do ano.
Apesar de mais frequente em crianças e
adolescentes, a asma pode afetar pessoas de todas as idades. Os
sintomas mais recorrentes incluem sensação de aperto no peito, tosse
(principalmente ao acordar ou à noite) e chiado no pulmão.
“As
crises asmáticas são comumente provocadas por alergias. O estresse e o
excesso de exercício físico também podem ser gatilhos. Quando os
sintomas aparecem, é essencial utilizar a medicação prescrita, à base de
corticoides inalatórios e broncodilatadores. Caso não haja melhora, o
paciente deve procurar atendimento médico imediato”, alertou o
especialista.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da asma é feito
com base na análise clínica e, principalmente, por meio da espirometria
— exame que avalia o grau de obstrução das vias respiratórias após o
uso de broncodilatador. O pneumologista também considera fatores como
ambiente doméstico e de trabalho, presença de doenças associadas como
rinite e sinusite, e histórico familiar.
A asma não tem cura, mas pode ser controlada. Em muitos casos, os sintomas diminuem ou até desaparecem na vida adulta.
“O
tratamento é individualizado e depende da situação de cada paciente.
Por isso, é fundamental buscar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
diante de uma crise, e dar continuidade ao acompanhamento médico em uma
Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Clínica da Família, que, se necessário,
podem encaminhar para serviços especializados”, explicou Luiz Cláudio.
Além do uso regular dos medicamentos indicados, o controle da
doença também exige hábitos de vida saudáveis e a manutenção de um
ambiente limpo e ventilado. Quando bem tratado, o paciente asmático
consegue ter mais qualidade de vida e reduzir significativamente o risco
de crises.
