Líder do Bloco Vanguarda, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) foi mais um integrante da oposição a defender que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro assuma a liderança da direita ante as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A jornalistas, nesta terça-feira (22/7), disse que a oposição deveria apoiá-la e que vai procurar Bolsonaro para tratar do assunto.
Michelle, que já
comanda a ala feminina do PL Mulher, tem bom trânsito na política e é
bem-vista por parte do eleitorado, mas o nome da ex-primeira-dama não é
consenso no PL. O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara,
Paulo Bilynskyj (PL-SP), questionado se a fala do senador sinaliza
Michelle como candidata em 2026, disse que “não se pode considerar a
posição de um parlamentar como consenso. Nosso candidato é o Bolsonaro”.
Outro
nome a defender a atuação de Michelle é a senadora Damares Alves
(Republicanos-DF). A ex-ministra dos Direitos Humanos do governo
Bolsonaro disse, depois da operação da Polícia Federal na casa de
Bolsonaro, que Michelle será “a maior liderança conservadora do país”.
Integrantes
da ala pró-Michelle ouvidos sob reserva pelo Metrópoles afirmam que a
esposa de Bolsonaro tem uma aceitação maior do eleitorado por se tratar
de uma mulher, evangélica e com uma “sensibilidade” maior do que outros
integrantes da família, incluindo dois dos filhos, o senador Flávio
Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Michelle
tem mantido um perfil baixo desde a operação da PF e a imposição de
medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica a Bolsonaro.
No dia da ação, Damares disse que a corporação “constrangeu” a
ex-primeira-dama em sua casa, onde estava de pijama no momento em que os
agentes realizaram o mandado de busca e apreensão.
Depois,
compartilhou uma mensagem religiosa nas redes sociais e não se
manifestou publicamente sobre a determinação da Justiça desde então.