A produção no campo por meio da agricultura familiar tem se firmado como um modelo essencial para a garantia do alimento saudável que chega em boa parte ao prato dos brasileiros.
Comemorado no dia 25 de
julho, o Dia Internacional da Agricultura Familiar, é uma data para
valorizar e reconhecer o trabalho de quem mantém viva as tradições e
culturas do campo.
Em 2017 o Censo Agropecuário do IBGE, revelou
que a agricultura familiar emprega mais de dez milhões de trabalhadores e
trabalhadoras rurais, o que representa 67% do total de pessoas ocupadas
na agropecuária.
Ela promove a segurança alimentar, garante o
acesso a alimentos saudáveis, além de gerar emprego e renda, para quem
vive no campo.
Exemplos que florescem no campo
“A agricultura familiar pra mim significa tudo. Ela transformou minha vida”, diz o agricultor familiar, William Lopes. Morador do Assentamento Oziel Alves III, em Planaltina/DF, ele fala com orgulho sobre a profissão que escolheu. Aos 52 anos e pai de três filhos, ele cultiva em sua propriedade de apenas 3 hectares, verduras como, beterraba, cenoura, repolho, cheiro verde, rúcula, salsa, mostarda e mandioca.
A produção é fundamental para alimentar cerca de 200 moradores do assentamento, além de abastecer feiras, levando alimento de qualidade para a população de Brasília. A escolha para viver da produção no campo veio em meados dos anos 2000, quando William trocou a rotina da construção civil pelo cultivo da terra. “Hoje a agricultura familiar mantém a minha família, ela traz todo o meu sustento”, diz.
Dona Ivone Machado, se alegra ao falar da sua história como agricultora familiar. “Eu sou agricultora familiar desde que eu nasci”, brinca. Há 15 anos ela chegou ao Assentamento Chapadinha, em Sobradinho/DF, e desde então vive da produção de tomate, couve, abóbora, cebolinha e morango. Ela celebra o Dia Internacional da Agricultura Familiar, com a esperança de deixar aos netos um legado próspero construído por meio da agricultura familiar.
“Tem que atrair os nossos netos para
estarem participando da agricultura. A gente já está velho e aí vai
chegando uma idade que a gente não dá mais conta. Eu tenho meu neto que
trabalha comigo, então para nós é assim, o jovem tem que estar incluso
na agricultura familiar”, afirma.
Políticas eficazes
O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), segue ampliando e as políticas públicas para a valorização da agricultura familiar no país. Este ano o Governo Federal anunciou R$ 89 bilhões para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026.
Entre
as medidas de incentivo estão a ampliação do crédito rural, mecanização
agrícola, novas linhas para irrigação sustentável, quintais produtivos
para mulheres rurais, cooperativas e transição agroecológica.
Os
investimentos alcançam ainda o fomento e desenvolvimento de programas
que impulsionam o trabalho no campo, como o Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de
Crédito Fundiário (PNCF), Programa Mais Alimentos, Programa de Aquisição
de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA),
Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), entre outros.
Outro
programa que amplia o acesso a mais de 20 políticas públicas voltadas
aos agricultores é o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). O
Cadastro é uma oportunidade de inclusão dos agricultores familiares para
fortalecer a produção de alimentos no país.