O assassinato de Raniely Santos de Moura, de 21 anos, conhecida como
“Pérola”, começou a ser investigado pela Polícia Civil de Alagoas nesta
sexta-feira (11), menos de 24 horas depois do crime. O atentado a tiros
foi registrado nessa quinta-feira (10), no Conjunto Rosane Collor, no
bairro do Clima Bom, em Maceió.
Segundo testemunhas, a vítima
mora no bairro do Benedito Bentes, mas foi até o conjunto para dormir
com o namorado na casa de uma pessa conhecida deles. Outra versão
destaca que ela e o companheiro tinham brigado e Pérola resolveu passar a
noite na residência de uma amiga.
Disparos foram feitos por
homens encapuzados que chegaram em um veículo de modelo Onix, de cor
branca. A vítima estava nas proximidades de uma praça perto da casa, ela
tentou correr na direção do imóvel para se livrar dos atiradores, porém
caiu no chão depois de ser atingida por um tiro. Após os disparos, os
homens fugiram.
Os primeiros levantamentos mostraram que o carro
utilizado pelos homens armados foi abandonado e apreendido pela equipe
de investigação. De acordo com a polícia, dois homens estão sendo
apontados como autores do homicídio.
Por que a vítima estava no bairro?
Moradora
do Benedito Bentes, a jovem dormiu na casa de uma amiga no Conjunto
Rosane Collor para ficar junto com o namorado, segundo as primeiras
informações colhidas pela Polícia Militar. No entanto, uma outra pessoa
relatou que a mulher estava na residência após discussão envolvendo o
namorado e a cunhada. Eles devem ser intimados a depor.
Também
foi revelado que a amiga que estava com Pérola no beco e a outra que
cedeu a residência para ela dormir não tinham vínculo familiar com a
jovem, que costumava frequentar o bairro em ocasiões festivas,
especialmente para consumo de bebidas alcoólicas.
Motivação e investigação
As
testemunhas explicaram que Pérola não relatou ter sido ameaçada
recentemente. A identidade dos autores e a motivação do crime seguem
desconhecidas. A DHPP informou que seguirá com as investigações para
identificar e capturar os autores do crime.
Durante a perícia
realizada no local do crime, foram recolhidos três projéteis e um estojo
de munição calibre 9mm. A vítima ficou com uma perfuração na região
torácica, compatível com o mesmo calibre.
A Polícia Civil descartou, momentaneamente, crime de feminicídio contra Raniely Santos de Moura.
"Pode
ter envolvimento com tráfico de drogas, talvez não relacionado com a
vítima, mas com o seu namorado. O que pudemos levantar, inicialmente, é
que ele já foi apreendido enquanto menor por ato infracional análogo ao
crime de tráfico de drogas. Mas é uma linha que estamos amadurecendo,
não podemos confirmar de fato se esse foi o real motivo da execução da
vítima", iniciou o delegado Daniel Aquino em entrevista ao programa
Fique Alerta, da TV Pajuçara.
Segundo a Polícia Civil, o namorado
esteve no local do crime depois do fato, recolheu o aparelho celular da
jovem e o utilizou para entrar em contato com a família dela. Depois
disso, ele sumiu, sem atender ligações. Ao procurarem ele em seu
endereço, não havia ninguém lá. O delegado Aquino afirmou estarem
tentando identificá-lo para ele ser ouvido, porque acreditam que ele
deve saber as razões do crime.
Não está descartada a participação
de outras pessoas no atentado a tiros. O delegado também destacou que
Raniely foi assassinada com uma bala, mas ao menos três foram
disparadas.
O caso segue sob investigação e a identificação ou
paradeiro dos autores do crime contra Raniely podem ser passados através
do Disque Denúncia, de número 181. O anonimato é preservado ao
denunciante, e a ligação é gratuita.
*Com TNH1