Novos detalhes sobre assassinato de jovem no Clima Bom A jovem conhecida como Pérola foi assassinada nessa quinta-feira (10) no Conjunto Rosane Por Redação* 11/07/2025 15h03

        Raniely tentou fugir dos atiradores ao voltar para casa de amiga - Foto: Divulgação/Polícia Civil

O assassinato de Raniely Santos de Moura, de 21 anos, conhecida como “Pérola”, começou a ser investigado pela Polícia Civil de Alagoas nesta sexta-feira (11), menos de 24 horas depois do crime. O atentado a tiros foi registrado nessa quinta-feira (10), no Conjunto Rosane Collor, no bairro do Clima Bom, em Maceió.

Segundo testemunhas, a vítima mora no bairro do Benedito Bentes, mas foi até o conjunto para dormir com o namorado na casa de uma pessa conhecida deles. Outra versão destaca que ela e o companheiro tinham brigado e Pérola resolveu passar a noite na residência de uma amiga.

Disparos foram feitos por homens encapuzados que chegaram em um veículo de modelo Onix, de cor branca. A vítima estava nas proximidades de uma praça perto da casa, ela tentou correr na direção do imóvel para se livrar dos atiradores, porém caiu no chão depois de ser atingida por um tiro. Após os disparos, os homens fugiram.

Os primeiros levantamentos mostraram que o carro utilizado pelos homens armados foi abandonado e apreendido pela equipe de investigação. De acordo com a polícia, dois homens estão sendo apontados como autores do homicídio.

Por que a vítima estava no bairro?

Moradora do Benedito Bentes, a jovem dormiu na casa de uma amiga no Conjunto Rosane Collor para ficar junto com o namorado, segundo as primeiras informações colhidas pela Polícia Militar. No entanto, uma outra pessoa relatou que a mulher estava na residência após discussão envolvendo o namorado e a cunhada. Eles devem ser intimados a depor.

Também foi revelado que a amiga que estava com Pérola no beco e a outra que cedeu a residência para ela dormir não tinham vínculo familiar com a jovem, que costumava frequentar o bairro em ocasiões festivas, especialmente para consumo de bebidas alcoólicas.

Motivação e investigação

As testemunhas explicaram que Pérola não relatou ter sido ameaçada recentemente. A identidade dos autores e a motivação do crime seguem desconhecidas. A DHPP informou que seguirá com as investigações para identificar e capturar os autores do crime.

Durante a perícia realizada no local do crime, foram recolhidos três projéteis e um estojo de munição calibre 9mm. A vítima ficou com uma perfuração na região torácica, compatível com o mesmo calibre.
A Polícia Civil descartou, momentaneamente, crime de feminicídio contra Raniely Santos de Moura. 

"Pode ter envolvimento com tráfico de drogas, talvez não relacionado com a vítima, mas com o seu namorado. O que pudemos levantar, inicialmente, é que ele já foi apreendido enquanto menor por ato infracional análogo ao crime de tráfico de drogas. Mas é uma linha que estamos amadurecendo, não podemos confirmar de fato se esse foi o real motivo da execução da vítima", iniciou o delegado Daniel Aquino em entrevista ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara.

Segundo a Polícia Civil, o namorado esteve no local do crime depois do fato, recolheu o aparelho celular da jovem e o utilizou para entrar em contato com a família dela. Depois disso, ele sumiu, sem atender ligações. Ao procurarem ele em seu endereço, não havia ninguém lá. O delegado Aquino afirmou estarem tentando identificá-lo para ele ser ouvido, porque acreditam que ele deve saber as razões do crime.

Não está descartada a participação de outras pessoas no atentado a tiros. O delegado também destacou que Raniely foi assassinada com uma bala, mas ao menos três foram disparadas.

O caso segue sob investigação e a identificação ou paradeiro dos autores do crime contra Raniely podem ser passados através do Disque Denúncia, de número 181. O anonimato é preservado ao denunciante, e a ligação é gratuita.

*Com TNH1


 

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem