O prefeito de Maceió, JHC (PL), entregou
à ex-primeira-dama de Alagoas, Marina Cintra vários cargos na
administração municipal. A ação, considerada fundamental para
convencê-la a mudar de lado político, teria estimulado uma guerra
política e emocional contra a própria família. A troca de grupo vem
dominando os bastidores políticos do Estado nos últimos dias.
A
informação, de um influente interlocutor, e que além da nomeação que
pode ter chegado até 60 cargos, Marina recebeu estrutura de campanha:
marqueteiro, assessoria de comunicação e apoio partidário para disputar
as eleições de 2026 — tudo embalado como “projeto pessoal”, mas
interpretado por aliados como movimento de vingança contra o ex-marido e
atual governador de Alagoas, Paulo Dantas.
Um assessor direto do
prefeito nega que JHC esteja alimentando a briga familiar e que as
nomeações teriam sido feitas dentro da cota política de um vereador de
Maceió.
A decisão de JHC nomear
indicados de Marina, no entanto explodiu no meio político e causou
desconforto até entre as próprias filhas e irmãos da ex-primeira dama.
“Ela não pensou nas filhas. Nem apareceu na formatura da mais nova. Tudo isso por vingança”, afirmou um familiar.
Paulo
Dantas tem preferido o silêncio e concentrou a atenção nas filhas. A
interlocutores, disse que não esperava o gesto, já que oferecera a
Marina espaço político e o divórcio havia garantido tudo que ela exigiu.
Segundo
fontes próximas, o staff de JHC intensificou a investida sobre Marina
logo após estourar o escândalo do Banco Master — que quebrou tendo
aplicações de R$ 117 milhões do Iprev de Maceió, que poderão ser
perdidos. A estratégia poderia ser, se confirmada, uma “cortina de
fumaça”. Um “caso de família” com forte repercussão sempre tem potencial
capaz de ofuscar outros casos.
