Alagoas encerra o ano de 2025 com 7.952 casos prováveis de dengue e
um óbito confirmado, segundo dados atualizados do Painel de
Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde. Além da morte
confirmada, outras seis seguem em investigação para apurar possível
vínculo com a doença.
No recorte nacional, o Brasil contabilizou
1.660.190 casos prováveis de dengue ao longo de 2025, com 1.762 mortes
confirmadas e 200 óbitos ainda sob análise. Em comparação com 2024,
houve redução expressiva: queda de 75% no número de casos e de 72% nas
mortes, ano em que o país registrou mais de 6,5 milhões de infecções e
6.321 óbitos.
Em Alagoas, somente no mês de dezembro, até o dia
15, foram registrados 181 casos da doença. No mesmo período de 2024, o
estado havia contabilizado 235 notificações, indicando retração no
número de ocorrências.
Os dados mostram que a dengue atingiu
principalmente pessoas entre 20 e 29 anos no estado. Ainda assim, 191
crianças com menos de um ano de idade foram diagnosticadas com a doença
em 2025. Entre os idosos, 47 casos foram registrados em pessoas com mais
de 80 anos. A maior parte das infecções ocorreu em mulheres, que
representaram 54% dos casos, enquanto os homens corresponderam a 46%.
No
panorama regional, o Sudeste lidera o número de casos prováveis no
país, com mais de 1,1 milhão de registros, seguido pelas regiões Sul,
Centro-Oeste, Nordeste e Norte. O mesmo padrão se repete em relação aos
óbitos, concentrados majoritariamente nos estados do Sudeste.
Entre
os estados, São Paulo aparece com o maior número de casos prováveis,
ultrapassando 900 mil registros. Alagoas ocupa posição intermediária no
ranking nacional, com pouco menos de 8 mil casos.
Como estratégia
de enfrentamento à doença, o Ministério da Saúde anunciou, na última
sexta-feira (19), a aquisição da primeira vacina contra a dengue de dose
única produzida integralmente no Brasil. O contrato, firmado com o
Instituto Butantan, prevê investimento de R$ 368 milhões para a compra
de 3,9 milhões de doses, que passarão a ser ofertadas pelo Sistema Único
de Saúde (SUS) a partir de 2026.
O imunizante protege contra os
quatro sorotipos do vírus e apresenta eficácia de 74,7% contra a forma
sintomática da dengue, além de 89% de proteção contra casos graves. Para
especialistas, a aplicação em dose única pode ampliar a adesão da
população à vacinação e reforçar o controle da doença no país.
Com agências.
