Como explicar os governos de “coalisão” de Fernando Henrique Cardoso a Bolsonaro, com o acidente de percurso de Dilma Rousseff? Simples assim: para se evitar o impeachment do governante.
Depois do erro crasso de Collor, da lição aprendida por Itamar, FHC, Lula, Lula, Dilma 1º mandato, e Bolsonaro de mandato único, o Brasil passou a viver e conviver com os ex-críticos como aliados da coalisão.
Nenhum deputado federal ou senador antes contrário ao governo federal que passou pela coalisão, o fez pelos lindos olhos do presidente. E sim, pelos lindos cachos de emendas parlamentares, indicações para diretorias das empresas estatais, e apropriação indébita de órgãos públicos federais.
Esses foram os pré-requisitos para que Antônio Carlos Magalhães – ACM – mudasse do discurso, “querem conhecer o palhaço, ponha-o em Palácio”. Depois: “Senhor presidente Lula, Vossa Excelência está pondo este país nos trilhos”.
Se ACM mudou o discurso da água para o vinho, quem mais poderia se opor ao torneiro mecânico presidente da república.
De FHC a Bolsonaro, somente terminou o mandato quem fez parte do governo de coalisão. É dando que se recebe.
Portanto, o homem forte do 3º governo Lula, será Arthur Lira, que guardou em sua gaveta de presidente da câmara federal, nada menos que mais de uma centena de pedidos de impeachment contra Bolsonaro, e que vai se repetir para com Lulinha Paz e Amor, com certeza manterá muitos cargos e...
Mas já pensou se essa moda pega em estados e municípios? Teremos um país inteiro em estado coalisão.
Autor: Raul Rodrigues
Fonte: correiodopovo-al.com.br