O coordenador do Núcleo de Ações Coletivas da Defensoria Pública do Estado de Alagoas, Ricardo Melro, afirmou, durante reunião no Palácio do Governo, nesta segunda-feira (11), que debateu ações sobre o colapso da mina 18 da Braskem, ocorrido no domingo (10), que a falta de transparência sobre informações e dados por parte da Defesa Civil Municipal prejudicou os moradores dos bairros afetados pelo evento sismológico.
De acordo com Melro, ele próprio solicitou ainda no mês de novembro, em ofício enviado à Defesa Civil de Maceió, informações sobre o ''um novo mapa'', porém, recebeu informações inverídicas.
''Eu faço um ofício para o Município, para a Defesa Civil, e a resposta que eu recebo, em meados de novembro, no dia 14, é que ainda não tinha estudos completos sobre o novo mapa, e descobri também, um processo sigiloso, que aponta desde setembro que já existiam elementos para fazer um novo mapa. Com esse mapa, eu teria feito uma ação, eu não teria guardado. Isso é um fato. A informação não veio correta para mim. Ela veio inverídica. E é uma requisição, que é crime'', destacou o coordenador.
Ainda em seu discurso, Melro cobrou novamente transparência, destacando que se tivesse recebido o mapa com as informações, teriam tomado uma atividade, onde não ficaria omisso diante da situação. ''Tem que haver, governador, Mourinha, colegas da prefeitura, absoluta transparência, e não houve. Estou colocando dados concretos, e por falta de transparência causou um tumulto muito grande, naquela correria de esvaziar hospital, onde tivemos o Bom Parto correndo. Se o mapa tivesse chegado em minhas mãos, na época em que eu requisitei, eu mesmo iria divulgar, dane-se, me perdoe, essa história de documento sigiloso. Não existe sigilo para o maior dano, para a maior ação, do estado de Alagoas'', completou.
Por fim, Melro ressaltou que o sigilo e o ‘’escuro’’ não ajuda ninguém, principalmente as vítimas.
