O administrador público Daniel Cavalcante, pré-candidato a
vereador em Maceió pelo Partido Social Democrático (PSD), concedeu
entrevista exclusiva ao Jornal de Alagoas, onde compartilhou suas ideias, motivações e projetos na sua candidatura.
Pela
primeira vez concorrendo a um cargo político, Daniel encara esse novo
desafio por acreditar que pode fazer mais na câmara municipal com
políticas de assistência e desenvolvimento social.
“Passei boa
parte desse tempo entre cargos na esfera estadual, na Secretaria de
Estado do Desenvolvimento Social e também na Secretaria Municipal de
Assistência. Então assim, sempre minha vida foi pautada por desafios. E
aí agora chegamos numa conclusão que precisa encarar mais um que é
justamente pelo fato de saber essas demandas e entendo que o parlamento
pode fazer com que a gente atue ainda mais”, explicou.
Daniel
iniciou sua carreira pública em 2006 como entrevistador do Programa
Bolsa Família, onde também passou pelo CadÚnico Maceió, em que conseguiu
eliminar as inconsistências na Base de Dados, o que permitiu a
focalização no público alvo dos seus programas sociais. Além de incluir
mais de 36 mil famílias no Cadastro Único.
Cavalcante passou pelo
programa Minha Casa Minha Vida, foi chefe de gabinete da
Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU). Entre
2023 e 2024 ocupou na Câmara de Maceió os cargos: Secretário
Parlamentar, Chefe de Gabinete e Diretor de Logística e Patrimônio.
Formado
em administração, ele enxerga na Câmara Municipal uma oportunidade de
fortalecer o serviço de assistência social em Maceió. O pré-candidato
acredita que as políticas de assistência precisam ser focalizadas para o
público de baixa renda, que muitas vezes não estão no perfil dos
programas sociais da política de assistência e consequentemente não
conseguem usufruir dos serviços.
“Os meios instrumentos de
controle, que o município, o Estado e a União ainda sofrem alguns
problemas para justamente essa focalização. Sempre a gente está
escutando problemas de pessoas que não estão no perfil dos programas
sociais da política de assistência, estarem usufruindo e acessando esses
benefícios”, disse Daniel.
Além disso, nos últimos cinco anos,
Daniel tem se dedicado a promover inclusão e oportunidades para pessoas
que enfrentam desafios devido ao Transtorno do Espectro Autista (TEA),
uma causa que se tornou pessoal após o diagnóstico da sua filha. Ele
acredita compreender as dores e dificuldades enfrentadas por essas
famílias, tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na rede privada
de planos de saúde, ao tentar acessar tratamentos adequados.
“Hoje
carrego outra bandeira que é de dar, promover inclusão e oportunidades
para aquelas pessoas que sofrem do transtorno do espectro autista. E aí,
nos últimos cinco anos da minha vida, passei a entender melhor em
relação a isso, pelo fato de ser pai de uma menina autista. Então, sei
quais são as dores dessas famílias, quais são as dificuldades que têm
tanto na rede SUS, quanto também na rede privada de planos de saúde e as
dificuldades que essas famílias têm de ter acesso a um tratamento
adequado para as suas crianças”, pontuou.
Com isso, Daniel
pretende junto ao parlamento, definir políticas que possibilitem a
inclusão e tratamento adequado para as famílias, além de outras questões
neurodivergentes.
“Então, a gente vai, junto ao parlamento,
definir políticas que possibilitem a inclusão dessas crianças, que
tenham acesso ao tratamento adequado para o TEA, quanto também outros
transtornos, outras questões neurodivergentes.”
Transparência na gestão pública
Para
Daniel, a transparência na gestão pública é essencial para ações do
governo e parlamento, para fomentar o controle social da
população. “Isso acaba fomentando o controle social da população,
ajudando o gestor a poder ter qualidade nas informações, diminuindo as
inconsistências cadastrais”, explicou.
Enquanto esteve no
CadÚnico, no período de 2013 a 2016, foram inseridos todos os
beneficiários do Bolsa Família no portal da transparência no site da
prefeitura, porém, ele lamenta o serviço não ser atualizado mais,
“Infelizmente hoje você já não tem essa atualização desses dados, porque
isso acaba fomentando o controle social da população”, pontuou.
Quando
perguntado sobre a atual gestão da capital alagoana, Daniel acredita
que o prefeito JHC (PL), vem realizando funções importantes na cidade,
em particular no turismo. Entretanto, Cavalcante entende que há muito a
se fazer nas áreas de políticas sociais, assistência social, saúde e na
educação e trazer o protagonismo das famílias de baixa renda em Maceió.
“O
prefeito JHC vem desempenhando funções importantíssimas na nossa
cidade, sobretudo no turismo, o que atrai o investimento. A nossa grande
receita aqui do município é através do turismo, então o JHC vem
potencializando isso, mas entendemos que ainda há muito a se fazer nas
políticas sociais, na assistência social, na saúde e na educação, pra
justamente trazer o protagonismo dessas famílias de baixa renda”,
analisou.
*Estagiário sob supervisão