A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) reforçou, nesta
sexta-feira (2), a importância dos cuidados para não contrair Febre
Oroupuch, doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus.
Além de manter a casa limpa, é necessário remover os possíveis
criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas, usar
roupas que cubram a maior parte do corpo, aplicar repelente nas áreas
expostas da pele e evitar áreas com grande circulação de mosquitos.
As
orientações foram repassadas pela superintendente de Vigilância em
Saúde da Sesau, enfermeira Waldnéa Silva, ao destacar que a Febre
Oropouche tem sintomas parecidos com os da dengue e chikungunya. “É
necessário a população ficar atenta aos sinais para todas as
arboviroses, porque além dos sintomas comuns, como dor de cabeça
intensa, dor muscular, náusea e diarreia, a Febre Oropouche também pode
causar tontura, dor retro ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e
vômitos”, ressaltou.
De acordo com Waldnéa Silva, para o
diagnóstico da Febre Oropouche, como os sintomas se assemelham aos da
dengue, o paciente com suspeita da doença deve procurar uma unidade de
saúde mais próxima de sua residência. “Caso o profissional médico
verifique que os sintomas se enquadram nas arboviroses, podendo ser
dengue, zika ou chikungunya, será realizado exame para fechar o
diagnóstico”, esclareceu.
Com relação ao tratamento, a
superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau esclareceu que, segundo o
Ministério da Saúde (MS), não existe tratamento específico. "Neste
caso, os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento
sintomático e acompanhamento médico, assim como ocorre com a dengue,
zika e chikungunya”, informou.
Epidemiologia
Conforme
dados da Sesau, Alagoas registrou, até agora, seis casos da Febre
Oropouche no Estado. Do total, quatro casos do sexo feminino, residentes
nas cidades de Japaratinga, Porto Calvo, Atalaia e Tanque D’Arca, e
dois casos do sexo masculino, oriundos das cidades de Messias e
Japaratinga.
O diagnóstico foi fechado por meio de exame
laboratorial, realizado no Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL).
Para isso foi utilizada a metodologia de RT-PCR em tempo real, cujo
resultado foi negativo para dengue, zika e chikungunya e positivo para a
Febre Oropouche.
Segundo a Sesau, os pacientes não apresentaram
complicações clínicas graves. A Sesau e as Secretarias Municipais de
Saúde (SMSs) continuam em investigação epidemiológica para assegurar o
monitoramento e controle efetivo da situação epidemiológica, assim como
determinar o local de origem da infecção.