Mais uma etapa do XL Simpósio da Cana-de-Açúcar de Alagoas, promovido
pela Sociedade Brasileira dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros -
Regional Leste (STAB-Leste) e que está acontecendo no Centro de
Convenções de Maceió, foi realizada na manhã desta quinta-feira, 10.
Desta vez, foi feita a avaliação de produtividade das diferentes
variedades de cana presentes no estado. O painel contou com a presença
de companhias de melhoramento genético da cana-de-açúcar e de
representantes das usinas de Alagoas, que apresentaram dados médios da
safra 2024/25.
O presidente da STAB-Leste, Cândido Carnaúba,
abriu o painel. Ele apresentou dados não só do senso varietal, mas de
diversos outros fatores, desde produtividade e do índice de ATR
(Açúcares Redutores Totais) - que foi o melhor desde 2010 e conseguiu
compensar as perdas da safra - até a comercialização e o preço dos
produtos.
“O que nós podemos dizer é o seguinte: nessa safra
2024/25, nós tivemos o melhor ATR dos últimos 15 anos. Foi uma
performance muito boa das nossas unidades industriais, que tiveram com
isso uma produção e uma produtividade muito grande, com um faturamento
também muito parecido com o do ano passado, mesmo com 2 milhões de
toneladas a menos. Foi uma safra de excelente desempenho”, afirmou.
Cândido
também também destacou que as modificações feitas na cana-de-açúcar
estão fazendo com que as variedades mais antigas sejam substituídas
pelas mais novas. Isso também deu uma ajuda nessa performance. “Nós
tivemos um ATR médio de 138kg. A gente está falando em torno de 12 a
15kg de açúcar a mais por tonelada de cana. Isso é uma coisa
fantástica”, disse.
Fatores climáticos também foram decisivos. “A
falta de chuva também influencia nisso, a cana amadurece mais rápido.
Quando você começa a ter mais chuva, mais precipitação, há uma diluição
do açúcar na cana. A cana absorve a água e dilui o açúcar, então baixa
um pouco (o ATR)”, afirmou.
Alguns programas de melhoramento
genético foram apresentados durante o painel, como o Centro de
Tecnologia Canavieira (CTC), com sede em Piracicaba, São Paulo, e polo
industrial na Usina Caeté. A entidade avaliou como as diferentes
variedades de cana de seu portfólio - algumas já consagradas no
Nordeste, como a CTC 9004 e a Tecna 29V4, para safra tardia - estão se
adaptando ao solo alagoano.
“Apresentamos como está estruturado o
programa de melhoramento genético do Nordeste, e o que ele já está
gerando de resultado - todos promissores -, trazendo um posicionamento
prévio e alguns resultados experimentais que serão conduzidos ao longo
da próxima fase. Atualizamos também o que está por vir, todos os pontos
em que plantamos este ano e fechamos reafirmando nosso posicionamento
com as variedades aqui do Nordeste”, afirmou Rodrigo Brambilla,
desenvolvedor técnico de mercado da CTC.
A troca de conhecimento e
a programação do Simpósio seguem até dia 11 de julho, no Centro de
Convenções de Maceió. As inscrições podem ser feitas no local.
Cândido Carnaúba, presidente da STAB-Leste - Foto: BCCOM Comunicação
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