A Anvisa proibiu a entrada e a comercialização de diversas “canetas
emagrecedoras” no Brasil, produtos que atuam como agonistas de GLP-1 e
vêm sendo divulgados como solução rápida para perda de peso. Nenhum
deles possui registro sanitário no país. Isso significa que não tiveram
eficácia, segurança e qualidade avaliadas oficialmente.
A decisão
foi motivada pelo crescimento de propagandas ilegais, muitas feitas na
internet, em descumprimento às normas que vetam anúncios de medicamentos
no Brasil. A agência alerta que o uso sem supervisão médica representa
riscos sérios. O objetivo é reduzir danos e proteger a população de
produtos não regulados.
Com a proibição, fica suspensa qualquer
forma de fabricação, distribuição, importação, venda ou propaganda das
canetas. Mesmo importações pessoais, que costumam ser permitidas em
casos excepcionais, estão vetadas. Quando há resolução específica, não
há exceções aplicáveis.
Os medicamentos citados nas resoluções
atingem os seguintes produtos: T.G. 5, Lipoless, Lipoless Eticos,
Tirzazep Royal Pharmaceuticals e T.G. Indufar. Todos foram alvo de
medidas por não possuírem registro. A Anvisa reforça que usa essas ações
para impedir circulação de itens sem comprovação técnica.
A
agência lembra que, quando um medicamento é aprovado no Brasil, o
detentor do registro assume responsabilidade pela distribuição e pela
segurança. Isso inclui monitorar efeitos adversos e adotar medidas caso
ocorram problemas. Sem registro, esse acompanhamento fica impossível.
O
uso de produtos irregulares dificulta rastrear riscos para os
pacientes. Também impede que a Anvisa adote medidas rápidas, como
recolhimentos ou alertas. A falta de controle eleva significativamente a
chance de efeitos inesperados. É por isso que o monitoramento formal é
considerado etapa essencial.
Outro ponto destacado é o uso de
bulas e rótulos em língua estrangeira, o que é proibido no Brasil. Isso
aumenta as chances de erros de uso e dificulta entender orientações
básicas. Produtos sem tradução adequada também tendem a escapar da
fiscalização oficial, facilitando adulterações.
A Anvisa reforça
que, no país, agonistas de GLP-1 aprovados só podem ser vendidos com
prescrição e retenção da receita. A recomendação é evitar qualquer
medicamento sem registro e desconfiar de ofertas online. A agência
pretende intensificar a fiscalização diante da alta procura.
Anvisa proíbe a entrada de canetas emagrecedoras no Brasil - Foto: Reprodução
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