O prefeito de Maceió conseguiu se
aproximar – e muito – do entorno do presidente Lula nos últimos meses.
Em Alagoas, por exemplo, ele teve uma longa conversa com o ex-ministro
Zé Dirceu numa casa em que ele estava hospedado no município de
Paripueira em janeiro deste ano. Com a ajuda de Paulão, também teve uma
boa conversa com o senador Jaques Wagner, do PT da Bahia, um dos mais
influentes conselheiros de Lula.
Parte influente do PT nacional
comprou a ideia de que JHC poderia migrar para a base de Lula,
representando um recuo do bolsonarismo no Nordeste. E Lula quase compra
esta ideia, segundo um influente interlocutor.
“O presidente
estava pronto para nomear a tia de JHC, Marluce Caldas, para o STJ. O
compromisso seria ele se filiar ao PSB. O prefeito prometeu se filiar
depois da nomeação, o que deixou o entorno satisfeito”, revela.
Lula
só passou a avaliar com mais cuidado a aliança depois que recebeu
alguns políticos alagoanos, entre eles o governador Paulo Dantas.
Depois
disso, o presidente teria decidido esperar mais um pouco. “Lula até
acha que o JHC pode ir para o PSB, mas ficou na duvida se o prefeito de
Maceió votaria nele em 2026. Dado o seu histórico político, mudar de
partido não é problema para o JHC, mas se votar em Lula ele pode perder
toda a sua base eleitoral. Depois dessa observação, o presidente botou
as barbas de molho”, aponta o interlocutor.